Jejum de Daniel

De acordo com a definição da Wikipédia, jejum é uma palavra usada de formas variadas quando alguém opta por diminuir sua dieta alimentícia o mais próximo do zero, idealmente atingindo o zero, por um período de tempo, geralmente pré-determinado. Existem diversos motivos que levam uma pessoa a fazer jejum, como a greve de fome política, jogos de desafio, vaidade para com o corpo. Os principais motivos, contudo, são religiosos ou medicinais. 

Para nós cristãos o jejum tem o objetivo do fortalecimento do espírito e aumento da intimidade no relacionamento com Deus. A abstinência de determinados alimentos (jejum parcial) ou ate mesmo de todos alimentos (jejum total) por  um período, é uma oferta de sacrifício e renuncia da nossa vontade, através da consagração da nossa vida a Deus por meio de orações e leitura da Bíblia.

A Bíblia possui vários registros de situações e benefícios do jejum, mas nesse momento traremos o exemplo do jejum de Daniel. O profeta Daniel, muito conhecido na Bíblia,  foi levado ainda muito jovem junto com outros amigos para a Babilônia para serem servos do rei. Daniel era conhecido pelo seus sonhos e visões, além de ser um homem muito temente a Deus no qual fortalecia seu relacionamento dia após dias por meio das suas orações e adoração. A habilidade da revelação de acontecimentos através de sonhos e visões dada por Deus a Daniel foi um beneficio em função da conduta de Daniel. Podemos encontrar na Bíblia no livro de Daniel 1:8-21 , a renuncia das iguarias do rei pelo profeta no período de 10 dias e com alimentação de legumes e água, na qual resultou na bênção de Deus com o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria, além do entendimento em toda a visão e sonhos (Daniel 1:17). Em um outro momento, de acordo com as escrituras no livro de Daniel capitulo 10, o profeta teve uma experiência sobrenatural após um jejum parcial de 21 dias, onde lhe foi exigido maior sacrificio e determinação para suporta-lo. Nesse jejum Daniel se absteve de alimentos desejáveis como carne e vinho, e privou-se de ungir-se como era de costume, no período de três semanas. Ao final do jejum, as margens do rio Hidequel, Daniel recebeu a visita de um anjo do Senhor reconhecendo o seu sacrifício e o fortaleceu.

Assim como no exemplo de Daniel, o jejum deve existir esforço através da renuncia de alimentos desejados, além disso a comunhão com Deus deve ser o foco para o amadurecimento do espírito. O jejum não pode ser realizado de maneira religiosa, mas deve haver oferta de sacrifício e consagração a Deus simultaneamente no período de abstinência buscando intimidade e comunhão. O esforço por uma renuncia verdadeira é reconhecido por Deus no qual abençoa de forma grandiosa em diversas áreas.