Recentemente precisei usar os serviços bancários da Caixa Econômica Federal e antes de me dirigir a agência fiz uma breve pesquisa no Google a respeito. Haviam poucos comentários com avaliação de regular a ruim exibindo uma avaliação de 2,5 de 5,0 do Google. Particularmente não gosto de ir a bancos normalmente é um gasto de tempo muito grande, sempre que possível tento resolver remotamente por internet banking, app ou telefone, mas há serviços que só são atendidos presencialmente.
Mesmo receoso com a avaliação da agência no Google, me desloquei até lá considerando outros aspectos como a localização mais próximo de casa e facilidade de estacionamento. Assim que cheguei peguei a senha e fiquei aguardando, enquanto isso de longe ia observando tudo ao redor. O que pude constatar no momento em que estive no local é que os funcionários no geral estavam dando tudo de si, tratando a todos os clientes com empatia e respeito, inclusive fazendo além do esperado. Isso também se confirmou em meu atendimento que foi excelente.
Então nesse momento você deve está se questionando o que isso tem a ver com o assunto “Fazer mais com menos”? Foi nessa situação que me levou a refletir essa expressão que por muitas vezes é usada de forma equivocada no mundo corporativo. A situação que presenciei no banco, apesar do atendimento pessoal ser excelente, o que se pode observar é que os funcionários estavam sobrecarregados e isso não é nada saudável pois a conta mais cedo ou mais tarde chega. Essa sobrecarga impacta no tempo em que outros clientes aguardam atendimento o que pode gerar insatisfação por parte de alguns. Nessa situação, refletindo a respeito, podemos constatar que os bancos no geral nunca lucraram tanto como atualmente, apesar de disponibilizarem agências enxutas e com quadros de funcionários muito restrito.
Essa experiência pessoal que contei pode ser observada em várias outras empresas de diversas atividades, onde para os principais acionistas, donos e alguns gestores (sem generalização) o “Fazer mais com menos” ao pé da letra pode ser visto dessa forma. Aonde quero chegar é que esse mantra “Fazer mais com menos” repetido várias vezes em ambiente organizacional deve ser usado com parcimônia. Entendo que “Fazer mais com menos” para as pessoas, significa basicamente em duas coisas: eliminação do desperdício, otimização do tempo. A sobrecarga de trabalho não deveria ser enxergado como otimização dos resultados organizacionais. Se as máquinas quando submetidas ao trabalho além do que é dimensionado sofrem as consequências, porque seria diferente com o ser humano que está exposto a inúmeras variáveis externas que influenciam diretamente em sua produtividade? Esse é um assunto muito amplo e cabe inúmeras discussões, porém fica o questionamento para reflexão.
Ótima reflexão. Você deveria escrever mais.
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